– Vó, o que é esse pretinho na comida?
– Tempero querida, chama-se orégano.
– Vó, o orégano do meu prato mexeu as asas.
(Isabela, 4 anos)
Alice é muito parecida com o pai. Achamos uma foto dele criança e ela olhou para foto e ficou apavorada:
– Mãe, eu já fui menino!
– Não, esse é o papai quando era criança.
Ela pôs a mão na boca:
– Meu Deus, ele já foi menina!
(Alice 4 anos)
O Gustavo chegou triste da escola e nem quis almoçar. Perguntei o que havia acontecido e ele não quis falar.
O João, irmão mais velho, respondeu por ele:
– É que a Vitória não quis brincar com ele hoje, mãe. E o Gustavo não tira a Vitória da cabeça.
Ouvindo o João falar, o Gustavo replicou:
– Não, João! A Vitória não está na minha cabeça. Ela está no meu coração.
(Gustavo, 5 anos e João, 7)
– Mãe, tem uma menina na minha sala que só me irrita, corta minha conversa e briga comigo. Tô vendo que vou ter que virar amiga dela para ela parar de fazer isso comigo.
(Maria Eduarda, 7 anos)
– Quando eu crescer quero ser igual ao meu pai que gosta de livros e igual a você, mãe, que é interesseira!
– Ahn, como assim?!
– É, mãe, você é interesseira porque gosta de saber da vida dos outros.
– Ahn, como assim?! – de novo
– Mãe, você não é psicóloga? Então você gosta de saber da vida dos outros!
(Isadora, 9 anos)
Brincando com a minha prima, dei um beijo em sua testa e ela fez como quem estivesse limpando o beijo, então perguntei:
– Júlia, você está limpando meu beijo?
– Não, Lelê. Eu estou espalhando.
(Júlia, 8 anos)
Fui à feira com minha filha e perguntei ao feirante:
– Moço, quanto custa a caixa de fruta do conde?
– Quinze reais.
Minha filha olhou pra ele e perguntou:
– E sem a caixa?
(Laura, 6 anos)
– Pai, você sabia que no bolo de laranja coloca-se suco de laranja em vez de leite?
– Não, filho. Eu não entendo nada de culinária.
– Mas você não trabalha na Receita Federal?!
(Luiz, 9 anos)
– Mãe, por que ‘reunião de pais’ se só vão as mães?
(Laura Helena, 5 anos)
– Sophia, você é mais introvertida ou extrovertida?
– Eu sou intrometida.
(Sophia, 7 anos)