15 ANOS

Iago não via os avós há uma semana, então pediu pra dormir na casa deles. Logo que chegou, o avô falou:
– Iago, vá comer alguma coisa.
– Não quero, vô.
– Você veio pra cá para passar fome, é?
– Não, vô. Eu vim para passar a saudade.

(Iago, 6 anos)

Minha tia e eu estávamos no parquinho com meu primo e falamos pra ele ir fazer amizade com um grupo de crianças que já estavam lá brincando quando chegamos. Ele levantou e foi. Na tentativa de criar alguma conexão, chegou perto das crianças e lançou:
– E aí, quem peidou?

(Júlio, 4 anos)

Minha filha estava no banheiro quando gritou:
– Mãããeee! Uma barata!
– Grande ou pequena, filha?!
– Adolescente.

(Ana Clara, 4 anos)

– Filho, se eu tenho uma banana e ganho mais uma, eu fico com quantas?
– Com muitas. Porque você disse que se eu tenho dois brinquedos eu tenho muitos.

(Victor, 4 anos)

No restaurante:
– Moça, me vê uma limonada, por favor?
– Desculpe, nós não temos limonada.
– Você pode me ver uma água com gelo e limão espremido?
– Sim.
– E pode me trazer açúcar à parte?

(Cecília, 8 anos)

– Mãe, baleia casa ou namora?
– Não sei, filha. Por quê?
– É que passou na tv que uma baleia morreu encalhada em Búzios.

(Ana Beatriz, 8 anos)

– Maria, como será o seu novo quarto? Quais serão as cores e os móveis?
Ela e respondeu tudo o que perguntei, mas parecia insatisfeita. Questionei:
– Qual o motivo da sua tristeza, Maria?
– Minha mãe está fazendo um quarto para mim, mas meu pai precisa mais do que eu. Ele dorme na cama dela até hoje!

(Maria, 5 anos)

– Uma menina da sala da Nina fez uma festa e não convidou cinco crianças. Entre elas, a Nina. Ela estava bem triste em casa e perguntei:
– Filha, se você fizesse uma festa amanhã, convidaria quem não te convidou?
– Sim. Porque não quero que ela sinta o que eu senti.

(Nina, 11 anos)

Fui babá de três crianças e tínhamos uma regra de que quando começássemos um jogo ninguém poderia sair até que o jogo acabasse.
Certo dia, Victor apelou por estar perdendo e quis sair da brincadeira. Eu disse:
– Victor, volta para o jogo. Você tem que aprender a perder.
– Eu sei perder, sim – ele disse, chorando – eu perco toda hora. Eu não sei é ganhar.

(Victor, 6 anos)

– Lara, o que é o amor?
– Amor é quando alguém te dá coxinha.

(Lara, 7 anos)