Cota

– Bernardo, vamos tomar banho.
– Mãe, eu já tomei muito banho nessa vida.

(Bernardo, 4 anos)

Sem título

Iago não via os avós há uma semana, então pediu pra dormir na casa deles.
Logo que chegou, o avô falou:
– Iago, vá comer alguma coisa.
– Não quero, vô.
– Você veio pra cá para passar fome, é?
– Não, vô. Eu vim para passar a saudade.

(Iago, 6 anos)

To be

Sou professora e na sala de aula perguntei:
– Jaqueline, como se diz estrela em inglês?
– Fácil, é star.
– Ótimo! Agora forme uma frase.
– Eu queria “star” dormindo.

(Jaqueline, 7 anos)

Qual é a música

Ian sempre ouviu Elis Regina e um dia me perguntou:
– Mãe, como é uma pessoa mal passada?
– Como, Ian? Não entendi.
– É, mãe, fala na música: “Mas é você que é mal passado e que não vê, que o novo sempre vem…”

(Ian, 3 anos)

Celulose

– Mãe, do que é feita a cédula de dinheiro?
– De papel, Pedro.
– Depois tu diz que dinheiro não dá em árvore, né?!

(Pedro, 6 anos)

Nome próprio

– Tia Carla, eu vou ganhar um irmãozinho. O nome dele vai ser Miguel.
– Jura?!
– Não, Miguel.

(Julia Beatriz, 4 anos)

Hereditário

Conversando com meu sobrinho, falei:
– João, você está com cabelo branco.
– Então eu vou morrer criança, tia?

(João, 5 anos)

Dicas de alimentação

Eu e minha sobrinha brincávamos de mamãe e filhinha. Ela, a mamãe, se propôs a fazer um mingau:
– A mamãe vai fazer um mingau para você.
– Mingau de quê?
– De aveia.
E, baixando o tom de voz, falou:
– Mas aveia de mentirinha, tá?
Baixando o tom, do mesmo modo, perguntei:
– Por quê?
– Ué, porque aveia de verdade a gente não come.
– Ué, por que não?
E ela, mostrando o pulso:
 – “Aveia” de verdade não é de comer, tem sangue.

(Vallentina, 4 anos)

Personalidade

Estávamos almoçando e eu não como nenhum tipo de carne. A Duda me observando, perguntou:
-Tia, você é vegetariana?
-Sim amor, eu sou.
-Ah que legal, eu sou sagitariana.


(Duda, 9 anos)

Sinceridade

Nosso quintal tinha várias árvores de frutas e entre elas um pé de goiaba que estava bichado. 
Antes de dormir a Carol foi fazer uma oração: 
– Papai do céu, obrigada por tudo. Pelo pé de acerola, de conde e mais ou menos pelas goiabas. 

(Carolina, 4 anos)