Minha sobrinha brincando com as bonecas:
– Vamos para o baile, príncipe?
– Agora não dá, princesa.
– Tudo bem. Vou de Uber.
(Marina, 6 anos)
As pérolas das nossas pérolas
Minha sobrinha brincando com as bonecas:
– Vamos para o baile, príncipe?
– Agora não dá, princesa.
– Tudo bem. Vou de Uber.
(Marina, 6 anos)
Minha avó estava no carro estacionado com meu priminho, ouvindo música, quando ela avistou uma conhecida no outro lado da rua. Olhando para a amiga, ela pediu para ele:
– Lucas, abaixa para eu falar “oi” para a minha amiga.
Nada do som abaixar.
– Lucas, abaixa.
Nada…
– Lucas, abaixa para a vovó poder falar “oi”!
Quando ela finalmente olhou de volta para ele para ver porque o som não diminuiu, ela encontrou o menino todo encolhido no chão do carro.
– Já abaixei, vovó! Mas, me fala: por que é que sua amiga não pode me ver aqui?
(Lucas, 7 anos)
– Tia Fran, a fada dos dentes trabalha para Deus?
(Matheus, 5 anos)
Meu sobrinho em uma viagem:
– Mãe, estou com sede.
– Já estamos chegando, filho.
– Olha mãe, um caminhão. Peça uma água.
– Não tem água ali, filho.
– Mas olha, está escrito “sedex”.
(Benjamin, 6 anos)
Em um domingo em que toda a família estava reunida, eu e todos meus primos fomos dar uma volta no bairro durante a tarde. Várias casas estavam à venda, foi quando meu primo Henrique perguntou:
– Nossa, que casa bonita. Quanto será que custa?
Gustavo, o irmão mais velho, respondeu:
– Ah, uma casa dessas deve valer uns dez mil reais.
E ele ainda brincou:
– Eu já tenho dez reais aqui.
Foi quando o Henrique falou sério:
– Ah, então agora a gente só precisa de mais mil.
(Henrique, 4 anos e Gustavo, 9)
Colocando meu filho para dormir:
– Boa noite, Pedro.
– Boa noite, pai.
– Tenha bons sonhos. Te amo.
– Também te amo, pai.
– Pedro, você sabe o que é um sonho?
– Aham. É um tipo de pãozinho.
(Pedro, 4 anos)
– Mãe, o que você está fazendo?
– Estou pesquisando onde comprar panetone para as sacolinhas das crianças.
– Das crianças sem pai nem mãe?
– Isso, filho. Das crianças do orfanato que não tem pai nem mãe.
Pensativo, ele pega a baqueta da bateria e diz:
– Mãe, com a minha varinha mágica vou fazer um pai e uma mãe para eles. Vão gostar mais do que ganhar panetone.
(Samuel, 3 anos)
Explicando o uso do plural:
– Mamãe, vamos passear hoje?
– Hoje não, filha. Não temos dinheiro para passear.
– Mas, mamãe, eu estou te chamando para ir passear e não para ir no mercado.
(Julia, 3 anos)
– Artur, cuidado na hora de atravessar a rua ou o carro vai te acertar.
– Fique tranquila, mãe. Eu já morri alguma vez? Não!
(Artur, 6 anos)