Somos nordestinos e minha filha é fã de cuscuz. Se fosse por ela, só comeria isso todos os dias. Hoje, o irmão perguntou:
– Tetê, tu não cansa de comer cuscuz?
– Não, eu como sentada.
(Miguel, 9 anos e Estela, 3)
As pérolas das nossas pérolas
Somos nordestinos e minha filha é fã de cuscuz. Se fosse por ela, só comeria isso todos os dias. Hoje, o irmão perguntou:
– Tetê, tu não cansa de comer cuscuz?
– Não, eu como sentada.
(Miguel, 9 anos e Estela, 3)
Estou grávida de 7 meses e depois de ser observada por uns segundos, o Kaique me perguntou:
– Quem colocou o bebê aí dentro?
– Foi seu tio.
– Mas com osso e tudo?
(Kaique, 4 anos)
– Mãe, por que a gente tem que dormir?
Meio sem querer prolongar o assunto, respondi:
– Para crescer.
Ele começou a chorar e disse:
– Eu não quero crescer, eu gosto de ser criança.
(Gustavo, 5 anos)
Fui passar o fim de semana na casa da minha tia e, na hora de deitar, minha priminha foi dormir comigo. Quando acordou, ela viu meu sutiã ao lado da cama e perguntou:
– Prima, você tira o sutiã para dormir?
– Tiro, Duda.
Espantada, ela questionou:
– Mas onde você guarda seus peitos enquanto isso?
(Maria Eduarda, 5 anos)
– Quero gelatina, vovó!
Minha mãe abre o armário, encontra o último pacote de gelatina e diz:
– Teve sorte, Helena!
Chorando ela responde:
– Eu não quero sorte, quero gelatina.
(Helena, 2 anos)
Gabriel e suas dúvidas:
– Mãe, “filho da mãe” é palavrão?
– Não é palavrão. Mas, dependendo da sua intenção, você está xingando a pessoa.
E ele com cara de espanto, falou devagar:
– Mãe, mais o filho não é da mãe?!
(Gabriel, 7 anos)
– Qual o nome daquela água que fica na boca?
– Saliva?!
– Isso. Acho que a minha está vencida.
– Por quê?
– Porque está com gosto ruim.
(Monize, 8 anos)
Aurora adora os animais. Tanto insistiu que conseguiu que eu arrumasse uma cachorrinha para ela. Percebi que tudo que comia ela oferecia à Leona, nossa cachorra. Chamei ela no canto e comecei a explicar que a alimentação e vida dos animais era diferente da nossa. Nem tudo que nós comemos os animais poderiam comer e nem tomar banho todos os dias. Ela com ar sério questionou:
– Mamãe, quem é a minha mãe?
– Eu.
– Então, não é a senhora que diz como eu devo fazer tudinho? Deixa a Leona comigo. Sou responsável com meus filhos também, igual você.
(Aurora, 4 anos)
A minha irmã vira para o meu sobrinho e fala:
– Vitor, não pode roer a unha. Está cheio de bicho morto debaixo dela e eles vão comer toda sua barriga!
Ele com um olhar de desdém e com uma voz serena questiona:
– Mãe, como eles vão comer minha barriga se estão todos mortos?
(Vitor, 4 anos)
Estava quente, compramos um balde de açaí e perguntei:
– Julia, quer açaí?
Ela imediatamente respondeu:
– Sair pra onde?
(Julia, 5 anos)