É oficial

– Mãe, a senhora é minha mãe de verdade?
– Claro que sim, filho. Por quê?
– Porque a senhora não sabe quase nada sobre o meu álbum da copa. Não sabe nem de cabeça quais figurinhas ainda faltam pra completar…

(Antonny, 9 anos)

É grave

Minha afilhada me perguntou o que era gravidade e resumidamente expliquei que era uma força que nos empurrava pra baixo.
Logo, em um descida muito íngreme, ela disse que tinha entendido minha explicação:
– Olha madrinha, estou sentindo a gravidez.

(Bárbara, 4 anos)

Para o alto e avante!

Bruninho mexendo no Ipad, abre o Google Earth.
– Filho, sabe que esse aplicativo é o Google Earth? Dá para ver nossa casa aí.
– Eu sei mamãe, mas eu quero achar Krypton.

 (Bruno, 3 anos)

Sinceridade

– Filha, qual parte da missa você mais gosta?
– Aquela quando vou embora no carro da vovó.

(Bia, 5 anos)

Lego

– Mãe, eu quero uma irmãzinha. Me dá uma?
– Filho, para ter uma irmãzinha temos que nos planejar e precisamos ter dinheiro também.
– Não tem problema, mãe. A gente vai devagarinho. Primeiro, compra uma perna, depois a outra. Aí, quando a gente tiver comprado tudo, é só montar.

(João, 4 anos)

Palavra-chave

Estávamos no parquinho do bairro quando o Gabriel pediu para brincar do balanço. Após posicioná-lo corretamente, disse:
– Gabi, quando você quiser sair fala primeiro, tá?
– Tá bom.
Passando algum tempo…
– Papai!
– O que?
– Primeiro.

(Gabriel, 2 anos)

Espertinha

Após um final de semana na casa da tia, perguntei para a Iara:
– Filha, você tomou banho na casa da sua tia?
– Tomei!
Como conheço a peça, perguntei:
– Hoje?
– Não.

 (Iara Vitória, 5 anos)

Publicitário

Pedro chega em casa contando que Davi chorou na escola porque a professora reclamou com ele. Tentando saber o que havia acontecido, perguntei:
– Davi, porquê a professora brigou com você? Você é um menino tão bonzinho, tão educado…
– Vai lá na escola, tia e conta isso pra ela.

(Pedro e Davi, 2 anos)

Efeitos colaterais

Uma dia desses estávamos, eu e a Bia, assistindo vídeos no Youtube. Eu sentada na cadeira e ela no sofá, vendo o monitor meio de lado. Depois de vermos alguns, ela vira-se para mim, coloca a mão no pescoço, faz uma cara de dor e diz:
– Meu pescoço tá doendo! Acho que é cólica…

(Beatriz, 9 anos)

QI

Estava distraída no hortifruti com as crianças, quando peguei a conversa deles no meio do caminho:
– O meu é maior que a cenoura.
O outro respondeu:
– O meu é do tamanho da berinjela.
Fiquei brava. Puxei os dois de canto e falei:
– Puxa vida, isso não é papo para se discutir no meio de todo mundo.
Aí o João fala:
– O tamanho do nossa cérebro, mãe. O que tem demais?

 (Mateus e João, 10 anos)