Amor

Eu estava lavando louça, quando o cachorro começou a se agitar. Minha irmãzinha Gabrielle ouviu aquilo e logo foi ver o motivo da agitação. Eram dois gatinhos. Ela entrou correndo e gritou:
– Lê, eu acho que eles vão ter filhotinhos!
Surpresa, perguntei:
– Como assim, Gabi?
E ela, na maior inocência do mundo, respondeu:
– É que eles estão passando o narizinho um no outro.

(Gabrielle, 10 anos)

Nome próprio

– Quem te deu esse colar, Josi?
– Foi minha mãe.
– Ah, é?! E como ela se chama?
– Margarida.
– Margarida??
– Isso, nome de flor. E a sua mãe, como chama?
– Zil, nome de gente mesmo.

(Lara, 4 anos)

Pé de vento

– Gabi, desça a rampa devagar para você não cair.
– Não dá, mamãe! Perna de criança corre na descida.

(Gabriela, 4 anos)

Feliz ano velho

Era o último dia do ano. David, Raquel e João estavam na casa da avó no interior e ela disse:
– Vão dormir, crianças. Já vai dar meia-noite.
Curioso, David perguntou:
– O que é meia-noite?
O João respondeu:
– Meia-noite é quando hoje já é amanhã.
E Raquel complementou:
-E meia-noite de ano novo, é quando hoje já é ano que vem.

(João, 8, Raquel, 6 e David, 4 anos)

Usuário de Crocs

Meu marido comprou um Crocs para meu enteado, mas comprou um número errado. Meu irmão chegou e falou:
– Nossa, Rafa, está de Crocs novo?
– É, tio. Mas ficou faltando o dois para servir.
– O “dois”? Como assim?
– É, tio. Esse aqui é o 30 e eu uso 32. Faltou o 2 para servir.

(Rafael, 6 anos)

Reza

Pedi para o Theodoro orar porque a mamãe estava com dor de dente. A oração foi a seguinte:
– Papai do céu, obrigado por esse dia. Abençoe a dor de dente da mamãe e nunca deixe faltar. Em nome de Jesus, amém!

(Theodoro, 2 anos)

Palavrinha mágica

A Cecília estava em frente à TV e eu queria assistir um programa, então falei:
– Cecília, saia da frente da TV, por favor.
Achei que ela não tinha escutado e falei novamente:
– Cecília, saia da frente da TV, por favor.
E ela respondeu:
– Você quis dizer “dá licença”, vovó?

(Cecília, 2 anos)

Sensibilidade

Minha irmã estava me contando que meu sobrinho ficou emocionado com o episódio de Acapulco do Chaves. E ele comentou:
– Do nada começou a sair lágrimas dos meus olhos. E a musiquinha também é muito triste. Foi mais pela musiquinha mesmo, eu acho.

(Raphael, 7 anos)

Família

Em um trabalho relacionado à família na escola, perguntaram ao meu irmãozinho:
– Como é a sua família, Uriel?
– É um monte de gente que briga, mas que se beija.

(Uriel, 5 anos)

Saudade

– Acho que minha mãe sente saudade de ser criança.
– Por quê?
– Ah, porque ela brinca comigo de vez em quando.

(Estella, 6 anos)