Autor: Luiz Henrique Matos

Meu marido e eu saímos e Miguel ficou os avós. Apesar de todas as orientações, cheguei em casa às onze e ele ainda estava acordado conversando. Ao fazê-lo dormir, ele me abraçou e eu perguntei enquanto lhe fazia um carinho:
– Filho, por que você não quis dormir com a vovó?
– Ah, mamãe, porque eu gosto de dormir ouvindo seu coração.

(Miguel, 3 anos)

– Filha, você sabe qual é o nome da mamãe?
Alice pensou, pensou e respondeu rindo:
– Amor!

(Alice, 1 ano)

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#frasesdecriancas

Era época de volta às aulas, Felipe não queria ir pra escola e começou a me perguntar porque ele tinha que ir. Começamos com todos os incentivos sociais e de aprendizado e nada. Por fim, eu disse:
– Além de ser um direito seu, é um dever nosso, como pais. Podemos até ser presos…
Ele olhou pra mim por um tempo, pensou mais um pouco e largou:
– Presa por quanto tempo, mãe? Eu posso ficar com a vovó?

(Felipe, 6 anos)

Minha prima estava grávida e na dúvida entre dois nomes: Franco ou Vicente. Mas ela tinha receio de que se fosse Franco, a criança poderia sofrer bullying e ser chamado de frango. Então ela decidiu pedir ajuda pro meu filho:
– Benício, qual nome você prefere: Franco ou Vicente?
– Eu prefiro carne!

(Benício, 3 anos)

Na mesa durante o jantar:
– Ah, mamãe, você é tão linda e eu te amo!
– Obrigada, meu amor. Você é muito gentil.
– De nada, mamãe. Você também é muito “gentinha”.

(Matheus, 3 anos)

– Arthur, você gosta de Galinha Pintadinha?
– Ui, eu não! Galinha Pintadinha é coisa de criança. Eu gosto é de Patati Patatá!

(Arthur, 4 anos)

Meu irmão mais novo e eu estávamos jogando Resident Evil 4 no vídeo-game. Num certo momento, o personagem do jogo disse “oh, shit!”. Preocupado, eu perguntei:
– Gabriel, o que significa “oh, shit”?
– Significa “oxente”.

(Gabriel, 5 anos)

– Filha, podíamos fazer um passeio legal. O que acha?
– É, seria legal ir no parque “apático”.

(Beatrice, 4 anos)

Rafael, comentando sobre a escola:
– Eu não gosto quando a tia canta uma música pra espantar a preguiça. Eu gosto da minha preguiça!

(Rafael, 5 anos)

Em casa, estávamos pintando a parede do escritório e o Enzo estava ajudando com um pincel. Então ele disse:
– Nossa, eu sou um pintudo!

(Enzo, 4 anos)