Logística

Eu estava carregando uma caixa de um móvel novo. Minha filha encostou o rosto e quase beijou a caixa suja. Não aguentei e falei:
– Não encoste na caixa suja que você não sabe nem de onde veio.
– Estava no caminhão, mamãe.
– E antes de estar no caminhão, você sabe onde estava?
– Na China, mamãe!

(Elisa, 7 anos)

Profissão

Em uma conversa com meu priminho, perguntei:
– O que você quer ser quando crescer?
– Médico.
– Que lindo! Você quer salvar a vida das pessoas?
– Médico… e não super-herói!

(João Paulo, 6 anos)

Bons olhos

– O que é isso aqui?
– Estria.
– E o que é estria?
– Isso.
– Nossa, parece com o mar.

(Kevin, 7 anos)

Dieta

– Isa, quer batata doce?
– Não, mamãe.
– Mas batata doce é saudável. Deveria comer. A mamãe comeu muito quando estava grávida de você.
– Mas eu não estou grávida, mamãe!

(Isadora, 7 anos)

Membros

– Gui, o que você aprendeu hoje na escola?
– Partes do corpo humano.
– Que partes você aprendeu?
– Olhos, boca, cabeça, pernas e “tênis”.

(Guilherme, 6 anos)

Estratégia

– Cris, você acredita em bicho papão?

– Não.

– Sério? Por quê?

– Porque eu tenho medo.

(Cristina, 4 anos)

Quer dizer

Quando a Manu chegou em casa viu uma rosa vermelha dentro do copo e falou:
– Que linda, mãe. Quem te deu?
– Foi o tio Marcelo, filha.
– Quer dizer que ele te ama, né mãe?
Uma semana depois a Manu chegou em casa e viu um buque cheio de rosas vermelhas.
– Que linda, mãe. Quem te deu?
– Foi o tio Marcelo, filha.
– Quer dizer que ele quer casar, né mãe?

(Manuela, 4 anos)

Pseudônimo

Todo dia, quando faz a lição de casa, é a mesma coisa: Lorenzo precisa escrever o nome completo nomtopo da página. Certo dia, cansado de escrever a mesma coisa, ele me perguntou:
– Mãe, posso trocar o meu nome por Buzz Lightyear?

(Lorenzo, 5 anos)

Professora

A Cecília estava ensinando minha filha a falar:
– Sofia, fale lagartixa.
Eu ouvindo e respondi:
– Lagartixa é muito grande. Ela não consegue falar.
E a Cecília continuou:
– Sofia, então fale lagartixinha.

(Cecília, 6 e Sofia, 1 ano)

Futuro

Estávamos em casa jantando, Vitória olhou para mim e disse:
– Mãe, um dia você vai morrer e eu vou ficar sozinha?
– Não, Vitória! Se um dia eu morrer, você vai ficar com seu pai.
– Como diz a senhora “Deus me drible!”, porque meu pai não sabe fazer leite.

(Vitória Eduarda, 4 anos)