– Eu sou o rei e a mamãe é a rainha.
– E o papai é o que, filho?
– O papai é o dragão.
(Bernardo, 3 anos)
As pérolas das nossas pérolas
– Eu sou o rei e a mamãe é a rainha.
– E o papai é o que, filho?
– O papai é o dragão.
(Bernardo, 3 anos)
Estávamos o Júlio e eu esperando o trem na plataforma, quando ele viu uma daquelas placas de assento preferencial e começou a me explicar:
– Mamãe, esse é a pessoa com nenê na barriga. Essa é a pessoa com nenê no colo. Essa é a pessoa com guarda-chuva (apontando para a imagem representativa de um idoso).
Então eu respondi:
– Não, filho. Isso é uma bengala, igual a da bisavó Bebel.
E ele, observando a imagem do idoso com a mão nas costas e corcunda, constatou:
– Mas a vovó Bebel não fica coçando o bumbum.
(Júlio, 4 anos)
– Mãe, o que tem para comer no café da manhã?
– Tem pão.
– Só pão?
– Só.
– Na Bíblia fala assim: “Nem só de pão viverá o homem.”
(Henrique, 8 anos)
– Tô com a barriga cheia… de fome!
(Aurora, 3 anos)
Em sala de aula me aproximo de uma mesa que estão 3 meninos, quando escuto o Gustavo dizendo:
– Quando eu ganhar muito dinheiro, vou comprar uma mansão.
– No que você vai trabalhar?
– De manhã eu vou ser cientista, a tarde cantor e a noite vou ser entregador de pizza!
(Gustavo, 6 anos)
– Amanhã vou para a escola sozinha.
– Cecília, nenhuma criança vai para a escola sozinha.
– O Kenzo vai.
– Com certeza o Kenzo vai para a escola com o pai dele.
– Só se o pai dele for transparente.
(Cecília, 3 anos)
Comprei um presente para minha filha dar no aniversário de uma amiguinha e quando ela chegou eu perguntei:
– E aí, Malu? Ela gostou do presente?
– Acho que gostou. Mas falei que dá próxima vez eu dava uma coisa melhor.
– Como assim, filha?! Você mesma adorou o presente.
– Ah! Eu tinha que falar alguma coisa e falei isso.
(Malu, 6 anos)
Estávamos no supermercado fazendo compras, quando a Evelyn apontou para os pacotes de camisinha e perguntou bem alto:
– O que é isso?!
Na hora da surpresa, ficamos sem saber o que fazer e acabei dizendo:
– Não sei, filha.
E ela, com a maior confiança, devolveu:
– Sabe, sim, você compra sempre.
(Evelyn, 4 anos)
– Filha, não fique perto porque a panela está espirrando.
– A panela está doente, mamãe?
(Maria Beatriz, 4 anos)
Meu filho começou a gritar de medo porque tinha uma barata perto dele. Então, tentando ensiná-lo a superar seus medos, falei:
– Olha o seu tamanho e o tamanho da barata! Quem é maior?
– Eu.
– Quem é mais forte?
Ele já se encorajando, respondeu:
– Eu!
– Então agora mata ela.
E ele foi todo confiante quando, de repente, a barata saiu voando e ele voltou gritando:
– Manhêêê… Eu sou maior e mais forte, mas ela voa.
(Rafael, 7 anos)