Depois de ouvir minha filha falar por mais de meia hora direto, eu falei:
– Filha, você não para de falar, não? Shut up! Sabe o que é isso?
– Sei, sim. Remédio pra tosse.
(Lara, 6 anos)
As pérolas das nossas pérolas
Depois de ouvir minha filha falar por mais de meia hora direto, eu falei:
– Filha, você não para de falar, não? Shut up! Sabe o que é isso?
– Sei, sim. Remédio pra tosse.
(Lara, 6 anos)
– Joana, se você não guardar esses brinquedos eu vou jogar tudo fora.
– Mãe, eu só brinco com eles, você que comprou. Então, se quiser, pode jogar fora. Eu não mando em nada, só mando na minha vida…
Depois de ter disfarçado para rir, eu respondi:
– Nem na sua vida você manda. Sou eu que mando.
– Você comprou a minha vida também?
(Joana, 5 anos)
Tinha um cartaz na escolinha escrito “Temos bife de fígado. Faça seu pedido.”
Ruth pegou um bife e fez um pedido, como quem faz um pedido para a estrela cadente:
– Quero entrar na escolinha de futebol.
(Ruth, 7 anos)
Estávamos na sala vendo TV, quando minha mãe falou algo sobre alguém morrer e uma das minhas filhas começou a chorar. Então perguntei:
– Por quê você está chorando?
– Eu não quero morrer. Se eu morrer, não como mais comida e eu quero comer muita comida antes de morrer, mamãe. Eu amo comer!
(Ananda, 6 anos)
– Jú, o que é isso aí que você está comendo?
– Espetinho de gato. Você quer?
– Eu quero.
Então levei meu irmão para comprar o espetinho e o rapaz da barraquinha mostrou as opções:
– Tenho de kafta, linguiça, frango, carne…
Jorginho respondeu:
– Nããão! Quero um espetinho de gato mesmo. Igual o da minha irmã.
(Jorge, 5 anos)
Depois de ter deixado meu filho pela primeira vez com a vovó e o vovô por um final de semana, perguntei:
– Vini, quantos chocolates a vovó te deu?
Ele pensou e disse:
– Mais ou menos bastante, mãe.
(Vinícius, 4 anos)
Yasmin vendo a gente aflito, assistindo a Copa, falou:
– Eu tô achando que o problema é a bola.
(Yasmin, 4 anos)
Meu irmão brincava com minha filha de mágica. Tirava moeda da orelha dela e ela guardava no cofrinho. Depois de algumas moedas, ela falou:
– Agora dinheiro de papel, tio.
(Gabrielly, 6 anos)
Um dia depois do bolinho de 5 anos do João Diogo, ele falou:
– Mamãe, eu já pensei na minha próxima festa de aniversário. Será no Mangueirão (maior estádio de futebol de nossa cidade) e a senhora vai ter que convidar bastante gente pra encher a arquibancada.
– João Diogo, tu tás pensando o quê?
– Grande!
(João Diogo, 5 anos)
– Gabriel, o que é felicidade para você?
– É cosquinha na barriga.
(Gabriel, 7 anos)