O papai ajudou a Gabi a lavar as mãos. Quando ela estava saindo do banheiro, ele disse:
– O que você diz?
– Eu não sei.
– Ooo…
– O loco, bicho!
(Gabi, 3 anos)
As pérolas das nossas pérolas
O papai ajudou a Gabi a lavar as mãos. Quando ela estava saindo do banheiro, ele disse:
– O que você diz?
– Eu não sei.
– Ooo…
– O loco, bicho!
(Gabi, 3 anos)
– Filho, temos que ver se vai ter futebol na sexta porque é feriado
– Feriado de quê?
– Sexta-feira da Paixão.
– Hummm… Dia dos Namorados!
(Davi, 9 anos)
– Peraí, hoje é o Dia dos Namorados e a gente não planejou nada?!
(Bernardo, 8 anos)
Cecilia foi da sala até a cozinha e no caminho soltou um pum. Parou no mesmo instante e disse:
– Pai, você não tem vergonha de soltar pum no Dia dos Namorados?!
(Cecilia, 5 anos)
– Mas, Lucas, você nem está namorando mais com a Bia. Você me disse que ela terminou com você.
– A gente voltou.
– Sério? E como foi?
– Quando eu fui embora, ela me deu tchau.
(Lucas, 8 anos)
– Como foi seu dia, filha?
– Eu tenho uma novidade! A Livia tá namorando o Rafa.
– Como assim, eles namoram?!
– Ai, mãe, é assim: a Liva manda e o Rafa obedece. Toda vez ela fala “pega a minha garrafinha de água” ou “agora faz um desenho bem bonito para mim” e ele sempre faz tudo que ela manda.
Ainda sem acreditar no que estava escutando, perguntei:
– E você, namora alguém?
– Não tem ninguém interessante. Só tem bebezinho da mamãe.
(Cecília, 4 anos)
– Davi, alguém na sua escola já namora?
– Pelos cálculos da minha fofoca, não.
(Davi, 6 anos)
– Vó, que dia é hoje?
– Hoje é dia 12. Dia dos Namorados.
– Eita, vó, não comprei nada pro papai!
(Lorena, 6 anos)
– Mamãe, amanhã é Dia dos Namorados, né?
– Sim, filho. Por quê?
– E o que a gente vai fazer?
(Bernardo, 5 anos)
Era Dia dos Namorados e eu estava dando aula de ballet para meninas quando a Nicole perguntou:
– Profe, a senhora vai sair com o seu namorado hoje?
– Não vou, querida. Não tenho namorado.
Ao que a Valentina respondeu:
– Nem toda princesa precisa de um príncipe.
(Nicole, 7 anos e Valentina, 6 anos)
Dia dos Namorados e meu aluno chegou com uma orquídea linda e falou que me amava. Agradeci e comentei:
– Quando você crescer, vou casar com você!
– Até lá você já morreu.
(Pedro Paulo, 5 anos)
– Mamãe, o que você ganhou de Dia dos Namorados?
– Nada.
– Mas, o que você comprou pro papai?
– Nada, filha. Seu pai gosta de coisas muito caras.
– Compra uma coisa bem baratinha e troca o preço. Ele vai adorar.
(Giovanna, 5 anos)
– Mãe, minha amiga disse que a mãe dela queria ganhar um perfume de Dia dos Namorados.
– Ah é?
– E eu falei que você queria ganhar paciência, porque todo dia você fala “me dá paciência, senhor!”
(Luiza, 6 anos)
No Dia dos Namorados estávamos conversando sobre namoro, ao que Pedro falou:
– Primeiro, eu vou focar nos estudos, depois vou procurar uma rainha pra completar o coração do rei aqui.
(Pedro, 11 anos)
Estava na casa do meu namorado com meu sobrinho e meu namorado foi ao banheiro. Ele estava demorando e comentei:
– Nossa, que demora!
E meu sobrinho disse:
– Ô, tia Fran, a mãe dele não vai subir pra limpar ele, não? Acho que ele tá esperando…
(João Victor, 5 anos)
– Mãe, eu quero um irmão.
– Filho, deixa Deus trabalhar nessa causa.
– Não, mãe, quem tem que trabalhar é você!
(Davi, 4 anos)
Vicenzo estava com um pouco de febre e tossindo muito e foi passar a noite na casa da avó. Na manhã seguinte, ela perguntou:
– Oi, querido, bom dia! Dormiu com Deus?
– Dormi, mas não passei muito bem, não!
(Vicenzo, 5 anos)
Minha mãe estava preocupada por causa de um dinheiro de outra pessoa que havia sumido. Meu sobrinho então comentou:
– Vó, não se preocupe, você não fez nada de errado. Você é confiável. Já tá comigo há 10 anos!
(Samuel, 10 anos)
Fui colocar uma calça na Valetina e notei que estava com um furo entre as pernas.
– Poxa, vamos ter que costurar rapidinho pra você pode usar. Onde você furou?
– Foi no cu, mamãe!
– O que, Valentina?!
– Foi no “curregador” da escola, mamãe!
(Valentina, 4 anos)
– Ester, o que você quer ser quando crescer?
– Uma borboleta!
(Ester, 5 anos)
***
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*Ester é uma criança que sofria maus tratos. Foi abandonada pela mãe e morava com o pai e com a madastra. Com eles, passava fome, era agredida física e verbalmente, era até proibida de usar o próprio banheiro, sendo obrigada a fazer suas necessidades na rua.
Hoje, ela vive com os tios. Está frequentando terapia psicológica, se alimentando bem, brincando bastante. Ganhou roupas e sapatos novos, cortou cabelo, vai ao salão de beleza e ao dentista. Mas o que não tem preço é ver o sorriso da Ester!
Eu simplesmente chorei quando ela disse que queria ser uma borboleta! Eu não estava esperando por essa resposta! Pensei que talvez ela quisesse ser modelo, professora, médica… é o que geralmente respondem. Mas, Ester é especial. Entendi que ela quer ser livre e poder voar por aí. Bem linda e realizada. Seja lá o que Ester for, ela com certeza será uma linda borboleta!”
João Gabriel estava pulando no sofá de molas.
– Filho, pare de pular no sofá!
– Mas como, meu Deus?!
(João Gabriel, 2 anos)
Cecília me perguntou:
– Mãe, lembra aquele dia em que eu comi muito macarrão e vomitei?
– Lembro não, filha.
Dudu, ao lado, ficou surpreso e comentou:
– Nossa, mãe! Como você não se lembra?
– Não lembro, uai.
– Acho que a memória dos adultos não é tão boa.
– Deve ser por que nós gastamos muito a nossa cabeça com preocupações.
E o Dudu arrematou:
– O cérebro é um chiclete… Nós estamos começando a saborear e o dos adultos já está, assim, meio sem doce.
(Cecília 6 anos, Dudu 9)