Boca suja

– Eu sei dois palavrões em inglês.
– Ah, é? E quais são?
– Não posso falar. É palavrão.

(Rafael, 6 anos)

Identidade secreta

O Rafa vestido de Batman, começou a refletir na sua missão:
– Daise, você já viu um vampiro?
– Já.
– E como ele não te atacou?
– Porque eu disse pra ele que eu tenho em casa um super-herói.
– E se ele me atacar?
– Eu não vou deixar. Nem tu vais deixar, pois és um super-herói.
– Mas eu tenho medo. Eu sou só uma criança com fantasia.
(Rafael, 4 anos)

No princípio…

– Mãe, quem criou as árvores?
– Foi Deus, Pedro.
– E as casas?
– Quem criou a casa foi o homem. Mas quem deu sabedoria para o homem cria-la foi Deus também.
– Hum… e o cachorro?
– O cachorro também foi Deus quem fez. Tudo o que é da natureza foi obra do Senhor.
– Até os pernilongos? Mas por quê!?

(Pedro, 5 anos)

Olha o passarinho!

A Nicolle estava brincando em uma casinha de piscina de bolinhas, enquanto o meu cunhado tirava várias fotografias das crianças. Então ele a chamou e disse:
– Ni, olha o para cá. Isso! Fica assim. Olha o passarinho!
Depois que disparou o flash, ela meio sem entender, perguntou:
– Cadê o passarinho?

(Nicolle, 2 anos)

Um presente para o Papai Noel

O Papai Noel foi nos visitar na sala de aula. Papo vai, papo vem, o bom velhinho ressalta que aceita doações de mamadeiras e chupetas que as crianças, por um super engano (já que, teoricamente, deram tudo ao Coelhinho da Páscoa), ainda tenham em casa. Conclui:
– Quem tiver chupeta, pode trazer aqui para a escola que as professoras me mandam.
O Pietro me olha preocupado e diz, sussurrando:
– Tia, eu tenho, mas é que eu ainda tô chupando.

(Pietro, 3 anos)

Ben grande

O Ben saiu com o pai e a mãe para comprar um presente. Mas andaram tanto que a certa altura ele resmungou:
– Pombas, a gente não vai chegar nunca? Daqui a pouco eu fico grande!

(Ben Vitor, 5 anos)

Espírito natalino

Era época de Natal e minha prima Maria Clara estava comigo no quarto, quando eu perguntei:
– Maria, onde está o seu espírito natalino?
Ela pensou bem e pra não dar o braço a torcer, respondeu:
– Não sei, deve estar na minha mochila.

(Maria Clara, 3 anos)

Eu sou você amanhã. Só que não.

– Tia, quando eu crescer quero ser bonita assim igual você.
– Obrigada meu amor. Você será, sim. Será ainda mais bonita, minha princesa!
Ela arremata:
– Só que magra!

(Larissa, 6 anos)

Poliglota

– Mamãe, eu já sei falar mãe e pai em inglês.
– Puxa, minha linda, que legal! Como é?
– Mãe, é “móder” (mother) e pai é “fáder” (father).
– Caramba, que inteligente. E vovó, você sabe?
– É “vórer”.

(Giovanna, 7 anos)