Tesouro voador

– Mãe, olha! Tem um tesouro* voando pela sala!
– Quem me dera filha…

*besouro

(Nina, 2 anos)

Calma, não é o que parece!

O Conrado estava sentado no cadeirão jantando e minha mãe, recém operada, estava deitada assistindo TV. De repente, ele pára de comer e solta:
– Mamãe, a puta da vovó tá cagada!
Na hora, minha mãe me olhou e nós duas começamos a rir sem parar. Ele, sem entender nada, se entregou às risadas também. Só quando nos acalmamos é que pude traduzir:
– Mamãe a fruta da vovó esta estragada.

(Conrado, 2 anos)

Enviado pela Cristiane Moura (@crisfonsecam)

(comentário da mãe coruja: o mais bonitinho foi a inocência dele de rir junto com a gente pelo simples fato de estarmos rindo sem saber o motivo)

Uma fada

– Maria, por que você bateu no seu amigo?
– Porque ele quebrou minha varinha e eu sou uma fada juvenil

(Maria 3 anos)

Enviado pela Fabiana Canda (@fabicanda)

Tal pai, tal filho

– Miguel, você sabe o nome do filho do Sandro?
– Hmm, deve ser Sandrinho.

(Miguel, 4 anos)

Enviado pela Edna Batista

Cenas domésticas: conversa séria

Lá em casa, toda vez que a Nina passa do ponto nas birras ou apronta alguma coisa realmente muito grave, nós a chamamos para “uma conversa muito séria” lá no quarto (calma, antes que a polícia bata na porta de casa, quero deixar claro que “uma conversa muito séria” não passa de três minutos de bronca, a sós, olhando bem na bolinha nos olhos).

Pois bem, num sábado pela manhã estávamos no quarto assistindo TV, enrolando para levantar e a mãe fez o favorzão de trazer café na cama para nós. Bolo, pão com requeijão, iogurte, Nescau no copo, bolachas… só coisa boa. A certa altura, já quase satisfeitos, a Nina foi tentar virar de lado na cama e acabou dando um chute no meu copo de Nescau. Sim senhoras e senhores, lá foram 400ml de líquido marrom bem escuro sendo absorvidos por lençóis, edredon e pelo colchão.

Ela ficou preocupada.

– Pai, disculpa…
– Nina, não se preocupe, filha. Não tem problema, tá? Não foi culpa sua, foi sem querer.

Limpamos a cama, levamos a tralha para o tanque e eu fui para a sala terminar de dar o café da manhã para a Nina. Só havia sobrado o iogurte. Abri, lambi a “tampinha” de alumínio, me ajeitei no sofá e enquanto tentava pegar a primeira colheirada para servir minha filha, fiz alguma grande besteira e espirrei iogurte para todo lado. Sofá, almofadas, roupas e o piso, tudo devidamente afetado.

Eu fiquei preocupado.

Corri para providenciar minha segunda faxina em menos de uma hora e a Nina observava sentadinha no sofá. Quando voltei, meio ofegante, retomei o assunto.

– Ixi, Nina, você viu o que o papai fez?
– Derrubou tudo, né?
– É… aiaiai. Mas agora já está tudo pronto. Vamos tomar o seu danone?
– Mas… pai?
– Oi, Nina.
– E quem é que vai “conversar muito sério” com você?

(Nina, 2 anos)

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Categorizado como crônicas

Charlie, morda meu dedo

Na semana em que o YouTube comemora 5 anos, postamos aqui o vídeo mais visto no site até hoje. Coincidência ou não, “Charlie, bit my finger” é uma cena hilária entre dois irmãos (o vídeo já teve mais de 163 milhões de visualizações).

Cartada

No final de semana passado, uma amiga minha veio em casa e queria que a Luísa pegasse o jogo novo que comprei, de cartas e cores. Então eu pedi a ela:

– Lu, mostra pra Elen como é que se joga esse jogo!

E ela, imediatamente jogou todas a cartas pra cima.

(Luísa, 2 anos)

Enviado pela Fernanda Piovezani

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Presente de aniversário

No dia do seu aniversário, o Miguel chegou e fez uma observação categorica:

– Mamãe, hoje é meu aniversário e você não pode brigar comigo!

Logo depois, quase no final da festinha, ele foi até uma convidada e a perguntou a ela se havia gostado da festa. Ao ouvir ela dizer que “sim”, ele me deu o troco:

– Então vai até a mamãe e dê um beijo nela.

Forma de agradecimento sublime.

(Miguel, 4 anos)

Enviado pela Edna Rosa Batista