Autor: Luiz Henrique Matos

– Estou olhando o céu… É tão bonito. Deus é perfeito. Ele nos criou e criou nosso espaço… Dois corpos não ocupam o mesmo espaço.
– Hã?
– Deixa pra lá, mamãe, é física quântica!

(Arthur, 8 anos)

E no meio da noite, Milena acordou e falou:
– Mãe, posso dormir na sua cama?
– Por quê?
– Tive um sonho ruim.
– O que você sonhou?
– Não posso te contar, mãe. Você vai ficar com medo também e não vai conseguir dormir.

(Milena, 4 anos)

– Papai, vamos na roda gigante?
– Ah não, filha, tenho medo.
– Temos que aprender a enfrentar nossos medos, papai.

(Isabelly, 7 anos)

O Rafa disse que quer ser arqueólogo quando crescer e o pai estava explicando para ele o que um arqueólogo faz. Disse que existem diferentes tipos, inclusive que um deles pesquisam itens mencionados na Bíblia.
Aí o Rafa perguntou:
– Eles procuram as botas do Judas?

(Rafael, 9 anos)

⁣– Tia, a senhora sabia que eu tirei 10 em matemática e 8 em português?
– Nossa, Yhasmim, parabéns. Quando crescer você vai ser a médica da família, né?
– Eu não, tia. Vou trabalhar igual aquelas pessoas que usam aquelas roupas que acendem no escuro.
– Garis?
– Isso aí, tia. Pra ajudar o planeta.

(Yhasmim, 4 anos)⠀
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– Linda, come essa cenoura toda. Cenoura deixa o cabelo bem bonito.
– Então faz tempo que você não come uma cenourinha, né mamãe?

(Linda, 3 anos)

Sou professora e, de vez em quando, coloco música para as crianças ouvirem durante alguma atividade ou lanche. Um dia, uma aluna me pediu:
– Profe, coloca aquela música “abre uma lebre”.
– Abre uma lebre? Que música é essa?
– Aquela assim: “abre uma lebre das paixões que vem de dentro…” – era anunciação do Alceu Valença.

(Valentina, 6 anos)

– Mamãe, diabo é aquela coisa verdinha e gostosa que você refoga pra mim?
– Aquilo é quiabo, filho.

(Samuel, 6 anos)

– Thomas, você foi irônico.
Outra pessoa comentou:
– Ele ainda não sabe o que é irônico…
Ao que ele rebateu:
– Sei, sim. Irônico é um tipo de triângulo.

(Thomas, 7 anos)

Certo dia, na aula, brinquei com uma aluna:
– Não vai dar oi para o tio?!
Ela, em tom irônico:
– Oi, bonitão.

(Olívia, 4 anos)