Autor: Luiz Henrique Matos

Certo dia, na aula, brinquei com uma aluna:
– Não vai dar oi para o tio?!
Ela, em tom irônico:
– Oi, bonitão.

(Olívia, 4 anos)

– Filho, tente ficar mais calado nos ambientes que pedem silêncio. Às vezes, você fala demais.
– Mamãe, eu não vou guardar meus comentários!

(Heitor, 5 anos)

– Eu voltei traumatizada da casa da vovó, gente.
– ⁠Por que, filha?
– ⁠Porque tinha um bicho na minha cocaína.
– ⁠Cocaína?!
– ⁠Ai, não, tubaína!

(Cecília, 9 anos)

Meu irmão falando com o amigo ao telefone:
– Vou desligar, tá?
Tem dia que você tá mais legal e hoje não é esse dia.

(Luiz, 7 anos)

– Raul, falta pouco para que mamãe não consiga mais te pegar no colo.
– Então aproveita, mamães.

(Raul, 5 anos)

Maria Luiza cantando o novo hit:
– Desembola! Bate! Joga gelatina!

(Maria Luiza, 3 anos)

– Mãe, Deus é tão bom.
– Por que, Helena?
– Porque ele fez as mães tão quentinhas!

(Helena, 3 anos)

– Lara, o que é o amor?
– Amor é quando alguém te dá coxinha.

(Lara, 7 anos)

– Mãe, o que é trans?
– Filha, já estamos chegando na escola, então a gente conversa sobre isso em casa depois e eu te explico direitinho… Aí você me fala onde viu isso.
– Ah tá. Mas eu li escrito ali no caminhão: Trans Apucarana.

(Cecília, 9 anos)
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Na volta às aulas, já no segundo dia, Danilo estava cansado e não queria fazer as tarefas. Falei para ele o quanto aprender podia ser difícil, mas que valia a pena. Chorando, ele respondeu:
– Mãe, eu quero me aposentar! Só assim terei tempo para brincar.

(Danilo, 7 anos)