Em meio à pandemia, meu sobrinho disse:
– Titia, sabia que o Papai Noel não vem esse ano?
– Por que, Gustavo?
– Porque ele está no grupo de risco. Mas eu estou com sorte, o meu dente caiu e a Fada do Dente ainda é jovem.
(Gustavo, 8 anos)
As pérolas das nossas pérolas
Em meio à pandemia, meu sobrinho disse:
– Titia, sabia que o Papai Noel não vem esse ano?
– Por que, Gustavo?
– Porque ele está no grupo de risco. Mas eu estou com sorte, o meu dente caiu e a Fada do Dente ainda é jovem.
(Gustavo, 8 anos)
Estávamos na casa dos meus pais e o Rafa, olhando atentamente para as mãos dos dois, disse:
– Vovô e vovó, vocês ficaram muito tempo com a mão na água?
(Rafael, 4 anos)
– Mamãe, eu gosto muito do papai.
– Gosta, filha? Por quê?
– Porque quando ele chega eu sorrio sem querer.
(Manuela, 2 anos)
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No dia dos pais, a professora perguntou:
– Quem é seu herói?
– O meu pai, professora.
– E por que seu pai é o seu herói?
– Porque ele é muito corajoso.
– E existe alguma coisa de que o seu herói tenha medo?
– Da minha mãe!
(Alice, 5 anos)
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Tenho uma filha que perdeu o pai aos três anos de idade. Ontem, quando cheguei do trabalho, ela me disse que um amiguinho dela estava reclamando dos pais e lamentou:
– Mãe, o Miguel disse que os pais dele são chatos. Se ele soubesse a falta que um pai faz…
(Ana Clara, 8 anos)
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Luiz Arthur tem o costume de sempre chamar pelo seu pai dizendo “oh papai!”. Certo dia, uma aluna da autoescola onde seu pai dá aulas, encantada com a maneira dele chamar o pai, disse:
– Eu amo esse “oh papai” seu.
– É, mas ele já tem namorada.
(Luiz Arthur, 7 anos)
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– Eu descobri como a minha mãe ficou grávida do meu irmão!
– Ah é? Então conte.
– A Berenice (a gata) estava grávida. Aí, quando ela arranhou a mamãe, passou a gravidez para ela.
– Mas e o papai? Onde ele entra nessa história?
– O que o papai tem a ver com esse assunto?!
(Maria Eduarda, 6 anos)
—
Catarina comentando sobre grandes cientistas:
– Eu queria que o Einstein e o menino lá da maçã da gravidade (Isaac Newton) fossem gays e eu fosse filha deles. Eu seria muito inteligente.
(Catarina, 9 anos)
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Certo dia, do nada, Vitor comentou:
– O papai do Miguel, lá da minha escola, é o mais bonito.
Então, o pai do Vitor questionou:
– Mas e o seu papai aqui?
– Você é engraçado, papai.
(Vitor, 5 anos)
—
– Bê, o que tem dentro do coração?
– O papai.
(Bernardo, 3 anos)
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Minha filha é muito apaixonada pelo pai. Um dia, ele foi fazer a barba e molhou todo o banheiro. Quando entrei depois e vi a bagunça, perguntei para ela:
– O que o seu pai fez nesse banheiro?
Ela respondeu:
– Não sei, mas ele ficou bonitão.
(Lavínia, 3 anos)
—
– Pai, sabia que quando eu crescer quero ser igual a você?
– Sério, filha? Por quê?
– Pra ter uma filha assim como eu.
(Alice, 8 anos)
Eu estava com a minha sobrinha Alice no caixa da farmácia quando ela disse:
– Tia, eu “roubei” o batom.
– O quê Alice?
– “Roubei” o batom.
– O que você está falando?
Então ela apontou para a boca e mostrou o batom. Estava borrado.
(Alice, 5 anos)
1.
– Vó, tu acredita que a Tina (nossa cachorrinha) me mordeu?
– Eu não acredito que ela teve coragem de fazer isso.
– Não foi coragem, vó. Foi maldade.
(Helena, 2 anos)
2.
O Raul caiu com seu patinete e gritou:
– Mamãe, machucou!
– Vem aqui que a mamãe te dá um abraço. Abraço de mãe resolve tudo.
– Tem coisas que não resolve não.
(Raul, 4 anos)
.
3.
– Mamãe, vem aqui.
– O que foi, filho?
– Pode dar um beijo no meu joelho? Eu bati na mesa e está “aiaiando”.
(Ben, 4 anos)
4.
– Mamãe, meu anjinho da guarda está sempre comigo?
– Sim, filha. Sempre.
– E por que, às vezes, eu caio e ele não me segura?
(Maria Luisa, 3 anos)
5.
Estávamos brincando em casa quando o Arthur reclamou:
– Tô com dor no pé.
– Poxa, deixa eu ver.
– Não dá, ela é invisível. Só dá pra sentir.
(Arthur, 3 anos)
A família estava reunida na sala e eu perguntei:
– Lucas, o que você anda fazendo?
Esperávamos que ele comentasse sobre os deveres da escola ou suas brincadeiras, mas ele respondeu:
– Eu estou tentando sobreviver à vida.
(Lucas, 6 anos)
A Helena estava descalça, então eu disse:
– Helena, tire esse pé do chão.
– Não dá. Eu não sou voadora.
(Helena, 4 anos)
Fizemos a massa do cuscuz e eu disse ao Pedro que agora iríamos esperar a massa descansar. Minutos depois ele me puxou pela mão:
– Pronto, mamãe. O cuscuz já acordou.
(Pedro, 2 anos)⠀
– Mãe, a Siri é Deus?
– Não, filho. Por quê?
– Eu perguntei onde ela mora e ela respondeu que mora na nuvem.
(Vicenzo, 5 anos)
– Gigi, você vai de perua para a escola?
– Não, tia. Eu vou de uniforme, mesmo.
(Giovanna, 4 anos)