Inconfundível

O Samuel, depois de brincar na rua com os coleguinhas, (temos ainda esse privilégio) veio todo eufórico:
– Mãe, eu conheci um amiguinho novo!
– Que legal, filho! E qual é o nome dele?
– Hiiiii, mãe! Nem me pergunta! Ele tem um nome muito confundível!

(Samuel, 6 anos)

Enviado pela Lú Cabral

Mão boba

Meu aluno Vinicius tem mania de pegar no rosto das pessoas enquanto fala. Com as duas mãos, chega perto e puxa o queixo para que a pessoa olhe para ele quando ele quer contar alguma coisa. É uma maneira inocente, que ainda não comecei a interferir porque ele tem menos de três anos de idade e ainda está se adaptando à escola. No entanto, depois de hoje, acredito que os pais já começaram a educá-lo em casa quanto a esta mania.
Eu estava com outras crianças sentada no chão conversando, quando o Vinicius puxou meu rosto. Me vi com o rosto praticamente colado no dele, com muitas crianças ao redor exigindo atenção. Mais seriamente que o comum, perguntei:
– O que foi, Vini?
Um pouco assustado, ele tirou as mãos e respondeu:
– Não foi nada.
– Por que você puxou meu rosto, então?
– Eu não puxei seu rosto!
– Não?
– Não… (pausa) Acho que foi minha mão.
– Ah… E por que ela fez isso?
– Não sei… (Um pouco desapontado) Acho que ela não sabe ser boazinha.

(Vinicius, 2 anos)

Enviado pela Isabella Ianelli

Esculturas

Estava eu conversando com uma amiga e minha sobrinha começou a me chamar insistentemente e eu fingi que não estava escutando.
Depois de umas 5 tentativas, ela virou-se e disse:
– Você não tem “escultor” não?

(Graciele, 4 anos)

Enviado pela Eliana Cerqueira

Machismo precoce

O Caio ganhou um filhote de marreco por uma semana, já que seria impossível deixá-lo no apartamento por muito tempo. Quando o pobre bicho partiu, foi revelado algo surpreendente sobre sua natureza.
– Caio, você não vai acreditar. Além do pato ser marreco, ele era na verdade uma ‘marreca’!
– Marreca? – o Caio exclama surpreso e com cara de nojo.
– Isso Caio, uma marreca.
– Se eu soubesse disso, tinha mandado ela embora no primeiro dia.
– Nossa Caio, porque isso?
– Tá explicado porque ela piava tanto.

(Caio, 6 anos)

Enviado pelo Sérgio Dantas

Osama Bin Laden não entende a América

– O Osama Bin Laden não entende a América – diz o Caio sem mais nem menos.
– Por que isso Caio? – pergunto surpreso e já dando risada.
– É titie, assim como o pai não me entende.

(Caio, 6 anos)

O cavalo na bicicleta

Estávamos no carro com meu sobrinho, quando um homem em uma bicicleta pulou de repente na frente do carro. Minha mãe instintivamente gritou para meu pai:
– Joel, cuidado com o cavalo na bicicleta!
Meu sobrinho sem entender nada, pergunta rapidamente:
– Cadê? Cadê o cavalo, vó!?
Todos caímos na gargalhada e, sem entender nada novamente, ele dispara:
– Dããrrr vó, cavalo não anda de bicicleta!

(Gabriel, 3 anos)

Enviado pela Katy Leitner

Pé legal

O filho de um amigo meu tem pé chato. Ao saber disso, fui brincar com o menino:
– E aí Danilo, você tem pé chato!
E ele, bravo com a brincadeira, me respondeu de bate-pronto:
– Chato nada, meu pé é legal!

(Danilo, 6 anos)

Enviado pelo Junior Silva

Aperitivo

– Mamãe, me dá doce-de-leite?
– Não, Nina, doce só depois do almoço.
– Por favor, só um pouquinho assim ó.
– Filha, eu já falei, agora não pode.
– Só pra abrir o apetite.

(Nina, 3 anos)

Doutor House

O Matheus estava fazendo o dever de casa e tinha que trocar a primeira letra da palavra “mala” por três vezes. Então ele escreveu “bala”, “sala” e me pediu:
– Mãe, me ajuda na outra?
Eu disse:
– Tala.
Ele me perguntou o que era “tala”. Então eu expliquei e ele respondeu:
– Não, melhor não… é muito hospitálico.

(Matheus, 6 anos)

Enviado pela Ana Carolina Leão

O mão-de-vaca

O Hermes queria que o ajudasse a levar o colchão da sua cama para a sala, mas não queria falar, só fazia gestos. Eu insistia:
– Hermes, fala o que você quer, não estou entendendo, por que você não quer falar?
Ele solta:
– É que eu quero economizar palavras!

(Hermes, 8 anos)

Enviado pela Bárbara Caretta, irmã do Hermes.