Irresistível

Cecília pediu a chupeta, insistiu. A contragosto, a avó deu. Depois perguntou:

– Cecília, o que tem nessa chupeta? Ela é gostosa?
– Sim.
– Sei… e que gosto tem essa chupeta?

– Tem gosto de vovó.
(Cecília, 2 anos)

7 de setembro

– Rafael, você sabe o que é o dia da Independência?
– É o dia em que ninguém precisa de ninguém para nada.

(Michelle, 7 anos e Rafael, 10)

Co-piloto

Estávamos no carro, indo para uma festa e a Cecília, sentada na cadeirinha, dava palpites para o pai enquanto ele dirigia:
– Cuidado com o carro, papai.
– Pode deixar, filha.
– Papai, olhe para frente. Cuidado com os carros.
– Combinado, filha.
– Combinado, não, “obrigado”.

(Cecília, 2 anos)

Feliz dia dos irmãos

Estava brincando com minha vizinha e o irmão dela de esconde-esconde. Eu pedi para ela ficar em silêncio para nós escutarmos a respiração do irmão dela, quando ela grita:

– Matheus, uma dica: respira!

(Ana, 7 anos)

Transporte

Minha prima e eu estávamos discutindo de brincadeira até que eu falei:
– Sua peruazinha.
– Eu não sou perua. Eu sou van.

(Sofia, 11 anos)

Check list

A Júlia viajava pela primeira vez de avião. Ao levantar o voo, ela começou a chorar.
Preocupada perguntei o que estava havendo e ela respondeu:
– Tô emocionada, tia. Realizei meu sonho. Agora só falta o outro.
– Qual?
– Conhecer Jesus.
– Acho melhor deixar para outro dia.

(Julia, 8 anos)

Direitos iguais

Minha prima acabou de aprender o Hino Nacional na escola e quando chegou em casa começou a cantar:
– Se o penhor dessa maldade…

 (Sâmyla, 4 anos)

Faber-Castell

Meus dois alunos conversando na hora da tarefa:

– Olha, Dudu, meu giz é azul escuro!
– E o meu é azul aceso!

(Arthur e Dudu, 3 anos)

Amor

Eu estava lavando louça, quando o cachorro começou a se agitar. Minha irmãzinha Gabrielle ouviu aquilo e logo foi ver o motivo da agitação. Eram dois gatinhos. Ela entrou correndo e gritou:
– Lê, eu acho que eles vão ter filhotinhos!
Surpresa, perguntei:
– Como assim, Gabi?
E ela, na maior inocência do mundo, respondeu:
– É que eles estão passando o narizinho um no outro.

(Gabrielle, 10 anos)

Nome próprio

– Quem te deu esse colar, Josi?
– Foi minha mãe.
– Ah, é?! E como ela se chama?
– Margarida.
– Margarida??
– Isso, nome de flor. E a sua mãe, como chama?
– Zil, nome de gente mesmo.

(Lara, 4 anos)