Teacher

Meu filho me perguntou como se fala “porta” em inglês e eu respondi:
– Se fala “door”, filho.
Ele me olhou e disse:
– Ahhh, por isso que quando prendemos o dedo na porta, falamos “que door!”.

(Cairê, 7 anos)

Ouço duro de roer

– Mãe, “ouva” isso…
– Não é “ouva”, Isabela. É ouça.
– Tá bom. Está “oucino” agora?

(Isabela, 5 anos)

Estoque

Diálogo entre a professora e os alunos:
– Minha voz está ruim hoje.
– Eu tenho várias “voz”. A vó Neuza, a vó Terezinha…

(Mariah, 2 anos)

Amor

Caio olha para seu bisavô sentado na poltrona e pergunta:
– Por que seu braço tá murcho?
O bisavô começa a chorar e diz:
– Tô velho. Tem que jogar fora, no lixo…
– Nããão. Eu gosto de braço murcho.

(Caio, 4 anos e seu bisavô 89)

Muuu

– E “moon” em português, o que quer dizer?
– Vaca, né, professora?! Va-ca.

(Guilherme, 4 anos)

Pronto

– Benjamin, quantos anos você tem?
– “Teis”.
– E depois do três vem o quê?
– Jááá!

(Benjamin, 3 anos)

São Fofão

Papo da noite na hora de escovar os dentes:
– Pai, hoje a gente leu a história do homem cabeludo na igreja.
– Ah é, filha?
– É, do Fofão.
O pai, sem prestar muita atenção, foi dando corda e concordando com a filha:
– É, filha, o Fofão era cabeludo mesmo e…
Até que a mãe gritou lá do quarto:
– É Sansão!

(Clarice, 4 anos)

Menino do tempo

Na volta do shopping, tivemos que pegar outra rota já que a via principal estava interditada por causa da neve. Liguei meu GPS e de repente meu filho começou a falar lá do banco de trás:
– Meu Deus do céu, estamos perdidos. Não vamos chegar em casa a tempo.
– A tempo de quê, meu filho?
– Eu não sei, mãe. Só a tempo.

(Eduardo, 7 anos)

Plural

– Vitória, o que é esse buraquinho na barriga?
– Umbigo.
– E se fossem dois buraquinhos na barriga?
– Seria “doisbigo”.

(Vitória, 5 anos)

Cavalheiro

Meu sobrinho estava com minha mãe no campo, quando ela se machucou. Vendo que começou a sangrar,  ele falou:
– Calma, vovó. Depois de casar sara.
Já em casa, minha mãe perguntou:
– Mas como poderia sarar depois de casada se eu já me casei?
E ele respondeu:
– Eu sei, vovó. Era só para te acalmar.

 (Murilo Gabriel, 5 anos)