Mãe com açúcar

Quando eu tinha 40 anos, nasceu minha filha Clara e com o passar dos anos eu disse para ela:
– Ihhhh! Quando você fizer 10 anos a mamãe vai fazer 50!
Na mesma hora ela saiu com essa:
– Então você vai ser minha avó?

(Clara, 4 anos)

De volta para o futuro

– Rodrigo, já está tarde. Vá dormir.
– Ah, mãe, não. Se eu for dormir agora e você não for, eu vou chegar lá no amanhã primeiro e vou ficar sozinho.

(Rodrigo, 3 anos)

Golpe

– Mãe, hoje eu tive aula de karatê na escola. É assim, ó…
Depois de fazer alguns movimentos com seu jeitinho de criança, falei:
– Filha, acho que isso é aula de judô.
– Não, mamãe, ele não ajudou. Ele ensinou.

(Estela, 4 anos)

Dose dupla

– Lara, desça da cadeira. Você vai cair.
Ela nem me respondeu.
– Lara, eu vou tomar essa cadeira de você.
– Não.
– Então você vai tomar cuidado?
– Vou. Vou tomar tudo.

(Lara, 4 anos)

Embrulho

O Caique estava aprendendo a olhar aqueles encartes de propaganda. Então, apontou para um brinquedo do encarte e pediu:
– Tia, dá esse brinquedo pra mim?
– A tia não tem dinheiro pra comprar presente pra você, querido.
Ele logo disse:
– Não precisa vir de presente, não. Pode vir na sacolinha mesmo.

(Caique, 3 anos)

Tattoo

Conversando com a minha prima, comentei:
 – Isa, que legal! Você fez tatuagem de henna?
Ela prontamente respondeu:
 – Não, de borboleta.

 (Isabella, 6 anos)

O que há, velhinho?

Em nossa oficina Da Horta para a Mesa, estávamos conversando sobre a horta, colhendo cenouras e beterrabas, quando perguntei ao aniversariante:
– Você gosta de cenoura?
E ele respondeu com toda a sinceridade de uma criança aos 3 anos:
– Eu prefiro chocolate!

Tomou?

– Carlos, tu não gosta de leite de vaca?
– Nããão. Eu só tomo leite de caixinha.

(Carlos, 7 anos)

Plano B

– Heloísa, já falei dez vezes para colocar o tênis. Por que ainda está sem tênis?
– Ué?! Porque você ainda não pegou o tênis pra mim.
– Ah, tá! Então você só põe o tênis se eu pegar? E se eu morrer você vai fazer o quê?
– Vish, mãe! Acho que vou usar só chinelo.

(Heloísa, 5 anos)

Buraco negro

Pedro estava mascando chiclete e depois de um tempo o pai perguntou:
– Pedro, cadê seu chiclete?
– Caiu.
Já procurando pelo chão e entre as cobertas, o pai perguntou:
– Onde caiu? Você engoliu, Pedro?
– Eu não engoli. Ele caiu bem aqui, na minha garganta.

(Pedro, 3 anos)