Longe de casa

Somos de Minas Gerais e fomos para uma praia em Santa Catarina. Depois de uns dias, perguntamos para a Giovana se ela estava gostando e ela respondeu:
– Estou, sim. Mas quando vamos voltar para o Brasil? Eu acho que a vovó está com saudade de mim.

(Giovana, 5 anos)

Biodiversidade?

No quintal da casa da avó, enquanto espantava as galinhas para longe:
– Eu tenho medo de aves. Mas de passarinho, não. Só de aves.

 (Ana Clara, 3 anos)

Tudo muda?

Certa noite, viajávamos de carro e eu mostrava as constelações no céu para as crianças. Na época, a moeda havia mudado recentemente e a Débora, muito atenta, me perguntou:
– Mamãe, o Cruzeiro do Sul agora é Cruzado do Sul?

(Débora, 6 anos)

Resposta

Todas as noites, faço uma oração com meu filho. Como ele ainda é pequeno, peço que repita as palavras que eu digo. Então comecei:
– Papai do Céu…
E ele repetiu:
– Papa o chéu.
Eu disse:
– Obrigado…
E ele:
– De nada.

(Calebe, 2 anos)

Protagonista

Alisson é bem encanado com a morte e assistindo ao filme ele perguntou:
– Ele vai morrer?
– Não. Ele é o principal.
Admirado e com um esboço de sorriso, questiona:
– A gente é o principal?

(Alisson, 5 anos)

Sentimento

Maria Letícia estava brincando com suas bonequinhas e disse para uma delas:
– “Não precisa ter ciúmes…”
Fiquei curioso e perguntei:
– Lê, o que é ciúmes?
Ela, com a resposta na ponta da língua, disse:
– Ciúmes é quando a gente tem alguém no coração muito forte.

(Maria Letícia, 3 anos)

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Generosidade

Eu e a Maria Vitória estávamos vendo o filme da Bela Adormecida e ela me perguntou:
– Ana, você tem um namorado, igual a Bela?
– Não, Mavi. Ainda não tenho.
– Eu tenho. Quando você tiver um, vamos sair de casal?
– Vai demorar pra eu ter um namorado.
– Aninha, se demorar te empresto o meu.

(Maria Vitória, 5 anos)

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0 KM

– Mainha, o computador de Manú é tão rápido, que parece que saiu da concessionária agora.

(Henrique, 13 anos)

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Mudança

Orando com a mãe antes de dormir, minha neta sempre repete o que a mãe fala, frase por frase.
Num certo dia a oração teve um desfecho que ela não concordou. Depois de repetir: “Senhor, cuida de nossas vidas, nossa família, blá blá blá  e me faça digno para morar em sua casa”, Cecília, quase chorando, olhou sério pra mãe e disse:
– Isso não vou falar, não.
A mãe questionou:
– Por que não, filha?
– É porque eu quero continuar morando aqui, com vocês.

(Cecília, 4 anos)

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Sous Chef

Estava fazendo o jantar, quando chega a Maria Eduarda:
– Mamãe, posso te ajudar a fazer a comida?
– Pode, filha. Pegue uma colher para a mamãe mexer o arroz.
– Uma colher de pau, mamãe?
– De preferência, filha.
Segundos em silêncio e ela pergunta:
– Mamãe, o que é uma colher de preferência?

(Maria Eduarda, 6 anos)

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