Dono da bola

– Profe, preciso de um dado para o jogo que criei. 
– O que você acha de fazer um com massa de modelar? 
– Tá bom. 
– Lucas, você tem certeza que tem os números 7 e 9 nos dados? 
– Profe, meu jogo, minhas regras. 

(Lucas, 5 anos)

Consolo

Conversando com os meus filhos sobre o meu pé quebrado, escuto o Gabi me consolando: 
– Mãe, não se preocupe. O seu pé logo vai melhorar.
E a Sarah, tentando ajudar, completou:
– É… daqui uns 40 anos fica bom.
Ao ver minha cara de decepção com o tempo me dado pela Sarah, Gabi falou:
– Tá louca, Sarah? Daqui 40 anos a mamãe já vai ter morrido.

(Gabriel, 8 anos e Sarah, 6)

Espécie

– Mamãe, qual é o nome desse passarinho?
– É o canário.
– E ele roubou a mulher de quem pra ser canalha?

(João Rodrigo, 6 anos)

– Mãe, fale mais alto porque meu nariz está entupido.

 (Robert, 7 anos)

Carreira

– O que você quer ser quando crescer, Sther?
– Velha.

(Sther, 3 anos)

Nome

Eu estava conversando com minha tia quando de repente meu afilhado super intrigado me perguntou:
– Dinda, teu nome é Jessica?
– Sim, amor. Como tu achou que fosse?
– Dinda, ué!

(Arthur 3 anos)

Segura

– Mãe, já sei o que é “o Tchan”. É o nome de um menino. Eles dizem “segura o Tchan, Tchan, Tchan”.
– É mesmo João?!
– Sério, mãe. E os pais dele são separados. Por isso eles falam “domingo ele não vai, não vai, não vai…”

(João Pedro, 7 anos)

Lógica

Fernanda ganhou uma vaquinha inflável que veio furada. Encheu uma vez e ela esvaziou. Encheu de novo e esvaziou. Depois da terceira vez começou a chorar e xingar a vaquinha.
A irmã olhou para ela, toda calma, e disse:
– Fê, relaxa. Estamos em época de vacas magras.

(Bruna e Fernanda, 7 anos)

Filosofando

– Mamãe, como será que uma pessoa de doze anos faz para fazer diferença no mundo?
– É só perceber as necessidades de quem está em volta e do mundo; e fazer o que estiver ao alcance para ajudar. Se cada um fizesse isso, o mundo seria perfeito.
– Mas, se o mundo fosse perfeito, o que iria sobrar para a gente fazer?

(Bruna, 12 anos)

Credo! Que delícia!

Infelizmente, Cecília provou refrigerante pela primeira vez.
Eu, tentando influencia-la, perguntei:
– É ruim, né filha? Você gostou?
– É uma pouquinho ruim, papai.
– Sim…
E ela emendou:
– Mas é bastante bom.

(Cecília, 2 anos)