“Eu fico com a pureza da resposta das crianças”

A visão otimista da vida que só as crianças têm… Hoje roubaram meu carro e eu contei para os meninos. Aí, o Gabriel comentou: 
– Acho que não roubaram, não, mamãe. Foi alguém que tinha o carro igual e levou sem querer.

(Gabriel, 5 anos)

Doutoras

Faço faculdade de medicina e, certa vez, recebemos visitas em casa que perguntaram à minha irmã se ela também gostaria de ser médica. Ela respondeu, toda orgulhosa: 
– Eu vou ser médica de bichos e minha irmã veterinária de gente.
(Deiglis, 4 anos)

Água

Passeando por Ilha Grande, aquela praia linda com um braço de rio, eis que o Natan diz: 
– Mãe, primeiro vou mergulhar na água salgada e depois na água doce. Assim eu fico agridoce.

(Natan, 8 anos)

O crime não compensa

Viajei na sexta e só voltei na segunda-feira. Quando revi minha irmã, ela correu para um abraço.

– André, que saudade.
– Sarinha, que abraço gostoso. Me conta, que foi que tu fez?
– Nada de errado.

(Sarah, 5 anos)

Moda

A Maria Giovanna vestiu uma meia que já estava velhinha, com o elástico esticado na borda. Eu falei:
– Troca essa meia. Já está feia.
– Não está, não. É meia boca de sino.
(Maria Giovanna, 7 anos)

Remediado está

– Mãe meu olho está coçando. Acho que eu estou com “congengivite”.

– Hum… E qual o remédio que tem prá isso?
– Sorvete.


(Manú, 5 anos)

Autenticidade

– Pois é, mãe, por isso que adulto não é feliz. Adulto finge demais as coisas. Se eu gosto, eu gosto. Se eu não gosto eu vou ter que fingir que gosto?!
(Gabriela, 7 anos)

O tempo não passa

Estava saindo do salão de beleza e uma menininha de uns 4 anos, entrando com a mãe. Aí ela começou a gritar:
– Não, mãe! Pelo amor de Deus, de novo não. Você disse que a gente ia passear e não que ia me trazer no “beleireiro”.
– Vai ser rapidinho, filha.
– Mãe, você disse isso da outra vez e demorou muito mais que rapidinho.

Normal

– Mamãe, o papai tem alguma doença? – Não, filho. Por quê? – Porque ele estava falando com os cachorros lá no quintal. – Ah, e daí filho? Nós também falamos com eles… – Mas, mãe, ele estava esperando a resposta. (Daniel, 7 anos)

Quer?

– Mãe, tem naftalina na geladeira. Você quer?
– Naftalina? Eu, não. Quer me matar?
– Mãe, é isso aqui, ó.
– Nectarina, Júllia. Não é naftalina.

(Júllia, 09 anos)