– Luísa, que cara é essa?
– Eu não dormi direito.
– O que aconteceu?
– O porquinho (de pelúcia) falou a noite inteira.
(Luísa, 3 anos)
As pérolas das nossas pérolas
– Luísa, que cara é essa?
– Eu não dormi direito.
– O que aconteceu?
– O porquinho (de pelúcia) falou a noite inteira.
(Luísa, 3 anos)
Rodrigo estava tomando leite e me olhava fixamente. Então eu perguntei:
– Tá me namorando?
– Não. Eu namoro a Charlie.
– Quem é a Charlie?
– É da minha escola.
– Mas você precisa me pedir pra namorar. Outra coisa: ela sabe que vocês estão namorando?
– Não. É segredo!
(Rodrigo, 6 anos)
– Mãe, hoje eu aprendi na escola como as pessoas ficam felizes quando a gente diz obrigado para elas.
– Puxa, filho, mas você já não tinha aprendido isso comigo?
– Não, mamãe. Com você eu aprendi o que é o amor.
(Guilherme, 6 anos)
Dois irmãos conversando:
– Nossa, a gente é muito pobre mesmo. Nem temos dinheiro para consertar a porta do banheiro.
– Não fala assim, Victor Hugo. A gente tem dinheiro até para comprar bolacha recheada.
(Pedro, 3 anos e Victor Hugo, 4 anos)
As primas conversando pelo telefone:
– Nina, quando você vem aqui em casa, no Rio de Janeiro?
– Não sei. Vem você para São Paulo, Pietra?
– Vou! É para a esquerda ou para a direita?
(Nina, 7 anos e Pietra, 5 anos)
– Mãe, quando você começou a trabalhar na Jovem Pan, já existia computador?
– Sim, tinha apenas um e eu dividia com o tio Marcelo.
– E celular, você tinha?
– Ainda não.
– E o que vocês faziam o dia inteiro sem celular e só com um computador?!
(Arthur, 3 anos)
Conversando sobre a copa, o Enrico perguntou:
– Mãe, em que ano a seleção nasceu?
– Ah, filho não sei de cabeça, não. Depois a gente pesquisa no Google.
– Mas mãe, você é meu Google!
(Enrico, 6 anos)
– Papai, eu não vou mais usar chupeta e nem tomar leite na mamadeira. Eu já não sou mais bebê.
– Luísa, meus parabéns! Isso é muito legal. Você decidiu isso agora?
– Sim! Tá na hora de eu mudar de vida.
(Luísa, 3 anos)
Estávamos em casa, quando ouvi a Leda falando com alguém pela janela da sala. Mesmo com a rede de proteção, fiquei apreensiva. Fui olhar e a encontrei em cima do sofá, com a cabeça pra fora, olhando pra cima e gritando:
– Põe a cabeça pra baixo… Põe a cabeça pra baixo!
Cheguei perto, olhei pela janela e não vi nada. Então, perguntei:
– Filha, com quem você estava falando?
Ela me respondeu meio sem jeito.:
– Com o Deus. Eu pedi pra ele pôr a cabeça pra fora do céu pra eu ver como ele é.
(Leda, 4 anos)
Durante a aula particular, Caren queria apontar o lápis, mas o cestinho do apontador estava cheio.
– Tia, tem que desvaziar o cestinho.
Logo a corrigi:
-Esvaziar, Caren. Desvaziar não existe.
– Mas eu falo desligar!
– Desligar é diferente, é o contrário de ligar.
Ela ficou pensativa e concluiu:
– Então desvaziar é encher!
(Caren, 6 anos)