Sonhar não custa nada

Na turma do quarto ano, nós conversávamos sobre viagens.
-Tia, eu vou para a Disney, sabia?
-Que legal, Júlia! Quando?
-Quando minha mãe tiver dinheiro.

(Júlia, 9 anos)

Aula de filosofia

Paula, filosofando perto da prima Giovana:
-“Só sei que nada sei.”
Giovana questiona:
– Qual é o seu nome?
– Uai Gigi, é Paula.
– Então, tá vendo como você sabe alguma coisa?!

(Giovana, 5 anos)

Estalo

– Mãe, sabia que agora eu já consigo estalar os dedos?
– Não sabia, filha. Que legal, deixa eu ver?
– Então, eu já aprendi. Mas agora só falta fazer barulho.

(Isabel, 4 anos)

Panela velha

Durante o jantar, o papai fala para a mamãe:
 – Hummm, esse macarrão está animal.
Eis que a Bia o repreende:
 – Papai, não pode falar animal, é palavrão.
E a mamãe:
 – Não, Bia, animal não é palavrão. Pode falar, sim.
 Bia fica pensativa, em silêncio e alguns minutos depois fala com empolgação:
– Hummm… esse macarrão tá animal pra car@*&#%*lho!!!

(Beatriz, 2 anos)

Beijo de mãe

A mamãe estava cozinhando quando o Arthur entrou na cozinha desesperado e gritando:
– Meu dedo! Meu dedo!
Sem entender o que tinha acontecido eu beijei o dedinho dele e o desespero passou imediatamente. Pensei um tanto orgulhosa: “Beijo de mãe cura tudo!”
Então perguntei:
– Filho, o que aconteceu com o seu dedinho?
– Meleca!

 (Arthur, 2 anos)

Não adianta chorar o leite…

Coloquei o leite para ferver mas não vi que subiu e estava derramando. Meu filho, desesperado, saiu gritando: 
– O leite tá fugindo! O leite tá fugindo, mamãe!

(João Pedro, 3 anos)

Petshop intergalático

– Mamãe, vamos naquele supermercado que é um cachorro e um planeta?
– Qual, filho?
– “Au Marte”, mãe.

(Pietro, 4 anos)

Judó…

O Vitor chegou na casa dos tios durante um evento de família todo empombado, com seu kimono aberto e uma medalha de bronze no peito. O tio viu o orgulho estampado na cara do menino e disse com ironia:
– Nossa, Vitor! Medalha de bronze, hein, cara! Parabéns! – e o Vitor se sentindo importante – Quantos competidores tinham? 3?
– Não! 4… Eu e o terceiro ganhamos medalha!

(Vitor, 7 anos)

Transgênica

– Sele, você quer comer pipoca com a mamãe e o tio Bruno?
– Quero sim, tio. Mas faz sem milho, tá?

(Selene, 2 anos)

Fale mais sobre isso…

– Quando eu crescer quero ser igual ao meu pai que gosta de livros e igual a você, mãe, que é interesseira!
– Ahn, como assim?!
– É, mãe, você é interesseira porque gosta de saber da vida dos outros.
– Ahn, como assim?! – de novo
– Mãe, você não é psicóloga? Então você gosta de saber da vida dos outros!

(Isadora, 9 anos)