Neste período de Natal, estamos fazendo uma missão para cada dia do calendário do advento.
– Vovó, lê pra mim a missão de hoje?
– É arrumar o quarto.
Ele pegou o papel da mão da avó, virou e devolveu:
– Estava de cabeça pra baixo. Lê de novo.
(Luca, 4 anos)
Falei para o Arthur que ele precisava escrever a cartinha pro Papai Noel e ele escreveu: “Papai Noel, eu quero que meu presente vá para o orfanato”. Quando perguntei o porquê dele pedir isso, ele disse:
– Mamãe, eu já tenho o mais importante: minha família. E o Natal só é feliz por causa disso. Então eu quero que meu presente vá para o orfanato pra deixar uma criança que não tem família um pouco mais feliz.
(Arthur, 7 anos)
A noite de Natal Carolzinha estava querendo jantar antes da meia-noite. De tanto insistir, minha irmã disse brava:
– Ô vô, diga pra Carol a que horas Jesus nasceu.
Carolzinha, sem esperar a resposta, respondeu:
– Isso você tem que perguntar pra Maria, mãe de Jesus. Só ela vai saber.
(Carol, 7 anos)
Estava fazendo uma brincadeira com as crianças e comentei:
– Papai Noel só traz presentes para quem se comportar bem durante o ano… Se não, na noite de Natal ele deixa carvão no lugar do presente.
Ao que Alice rapidamente respondeu:
– Ah, que ótimo! Assim eu já aproveito pra fazer um churrasquinho.
(Alice, 8 anos)
– Filha, sabia que se você der a chupeta pro Papai Noel, ele transforma ela em um brinquedo?
– Mãe, eu quero que ele pegue meu brinquedo e transforme em uma chupeta pra eu ficar com ela pra sempre.
(Helena, 3 anos)
Minha sobrinha Lorena perguntou:
– Que horas a gente pode abrir os presentes? Tô ansiosa!
– Somente à meia-noite, se acalma!
– Ah. Eu trouxe um presente pra você, tia!
– Sério? O que é?
– Só vai abrir à meia-noite! Viu como dói esperar?
(Lorena, 9 anos)
No Natal, todos liam os cartões que recebiam. Minha mãe ganhou um livro e Thales, ansioso para receber o presente do seu amigo X, perguntou:
– Vovó, vamos ter que esperar você ler tudo isso?
(Thales, 6 anos)
Era Natal e as mulheres da nossa família estavam conversando sobre os meninos, que quase sempre são arteiros. Eis que a Cora dispara:
– Tia Camila, dizem que quando castra eles sossegam um pouco.
(Cora, 10 anos)
Um dia antes do Natal, minha filha perguntou:
– Mamãe, o que você pediu para o Papai Noel?
– Saúde para todo mundo!
– Mamãe, saúde a gente pede para o Papai do Céu. Para o Papai Noel, a gente pede só brinquedo mesmo.
(Larissa, 4 anos)
Segunda-feira, depois do Natal, cheguei do trabalho, Isis correu na minha direção e disse:
– Meu presente!
– Que presente?
– Você é meu presente!
(Isis, 3 anos)