Montaria

Na fazenda:

– Pai, me deixa andar numa régua?
(Manú, 4 anos)

O cavalo

A família está no interior, ela passa pela rua e vê um cavalo da raça appaloosa (que é todo pintado).

– Olha pai, um cavalo Dálmata!

(Luiza, 6 anos)

Salto alto

Luiza vê a prima, já adulta, trocando de roupa para ir a um casamento. Ela pega o telefone e liga para a mãe:

– Mãe, cê trás aquela minha sandalinha de salto?
A mãe fica muda.
– Aquela que tem um saltinho…
A mãe ainda não fala nada.
– Aquela que tem um saltinho bem pequenininho.
Do outro lado da linha, nada.
– Tá bom, mãe. Aquela que praticamente nem tem salto.
(Luiza, 3 anos)

O namorado

Quando a Luiza tinha 5 anos, eu perguntei pra ela: “Lú, e o Pedro Henrique?” (“namoradinho” dela). E ela respondeu séria: “A gente se separou…”.

(Luiza, 5 anos)

Osso duro

A Nina ia engatinhando pelo quintal, em direção ao portão da casa da vovó. Eu a chamo e quando ela vira, está com o osso da cachorra na boca.
(Nina, 8 meses)

No meu tempo…

Eu comentava com meu marido que no meu tempo isso, no meu tempo aquilo, quando a Maria perguntou: “No seu tempo o mundo era colorido ou preto-e-branco?”.

(Maria, 4 anos)
Fonte: Encarte “Papo de mãe”, da revista Claudia.

O que a mamãe tem e o papai não?

A mãe estava amamentando o Pedro, recém nascido, e a Luiza e o pai estavam no sofá ao lado. O pai então diz, apontando para o peito da mãe:

– Lú, olha bem pra mamãe… O que a mamãe tem (aponta o peito) e o papai não?
Ela olha para o pai, olha para a mãe, olha para o pai de novo e responde:
– Cabelo.
(Luiza, 2 anos)

Aniversário

– Nina, fala pra mamãe: quantos aninhos a Nina vai fazer?!?
– Deeeeeezzzz!
– Não, filha, são dois… assim ó, com dois dedinhos. Conta junto com a mamãe. Depois do número um vem o…
– Dooooooiissss
– Isso, bebê!!! Que linda! Agora fale… quantos aninhos a Nina vai fazer?!?
– Deeeeeezzzzz!!

(Nina, 1 ano)

Herbalife

Centro de São Paulo, rua lotada, multidões de pessoas se empilhando por todo lado e ambulantes vociferando suas ofertas de produtos piratas.

Nesse embaraço, o pai a carrega no colo já há quase uma hora. O braço cansado, a coluna pendente, as pernas fracas, o suor em bicas. Ela já tem dois anos. Ela já tem quase 15 quilos. Ela sorri. Está tudo bem.

Ela para de olhar a rua por um segundo, sonda o rosto do pai, o fixa nos olhos, passa os dedos pela barba e com os dedinhos juntos aperta-lhe as bochechas enquanto exclama sorridente:

– Gordinho!

(Nina, 2 anos)